Saber como instalar carregador de carro elétrico em casa é essencial para quem busca praticidade e economia no uso diário do veículo. Afinal, poder recarregar seu carro durante a noite, na própria garagem, é como “abastecer” enquanto você dorme. Mas, para que isso seja feito com segurança e eficiência, é preciso seguir normas técnicas e preparar corretamente a infraestrutura elétrica.
Neste guia completo, você vai entender passo a passo como fazer a instalação, quais os requisitos técnicos, custos envolvidos e cuidados indispensáveis para garantir um carregamento seguro, rápido e conforme as exigências da sua rede elétrica. Vamos começar?
Por que instalar um carregador em casa?
Ter um carregador doméstico oferece independência das estações públicas e praticidade diária. Você evita filas e pode iniciar o dia com a bateria cheia, sem depender de terceiros. Além disso, carregar em casa tende a ser mais econômico: é possível aproveitar tarifas de energia fora de pico ou até energia solar, se você tiver painéis fotovoltaicos instalados, reduzindo ainda mais os custos. Em resumo, um carregador residencial (geralmente do tipo wallbox) garante conveniência e controle total sobre o processo de recarga, tornando a experiência de ter um veículo elétrico ainda melhor.
Porém, para colher esses benefícios, é fundamental que a instalação seja feita corretamente. Diferente de simplesmente plugar em uma tomada comum, um wallbox de 7 kW a 22 kW de potência requer uma infraestrutura elétrica adequada. Isso significa verificar a capacidade da rede da sua casa, instalar dispositivos de proteção e seguir normas técnicas específicas.
Vamos entender o que você precisa antes de partir para a instalação.
O que é necessário para instalar um carregador elétrico em casa?
1. Rede elétrica compatível
Verifique qual a tensão disponível na sua residência, 127V ou 220V. Carregadores wallbox de nível 2 geralmente operam em 220V para fornecer potências mais altas e carregar mais rápido. Se sua casa for apenas 127V, talvez seja necessário adaptar a instalação para 220V (por exemplo, solicitar fase extra à concessionária ou usar um transformador adequado).
Carregar em 127V é possível com o carregador portátil original do veículo (nível 1), porém o tempo de carregamento será bem maior. O ideal é contar com 220V dedicados para o wallbox, garantindo eficiência.
2. Capacidade e circuito dedicado
Avalie com um profissional se o quadro de energia da casa suporta a corrente adicional do carregador. Um carregador residencial de ~7,4 kW pode puxar correntes na faixa de 32 A. Isso equivale a ligar um chuveiro elétrico potente por várias horas seguidas.
Assim, é imprescindível um circuito exclusivo para o carregador, com disjuntor próprio e fiação dimensionada para a carga.
Nada de conectar o wallbox em uma tomada qualquer do circuito de eletrodomésticos, ele deve ter fio e disjuntor dedicados, como medida de segurança contra sobrecargas.
3. Dispositivos de proteção obrigatórios
Instalações modernas exigem Disjuntor diferencial residual (DR/IDR) e Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) no circuito do carregador. O DR (ou IDR) protege contra fugas de corrente e choques elétricos, enquanto o DPS resguarda contra sobretensões e surtos (por exemplo, raios) desviando excesso de tensão para a terra.
Esses itens são obrigatórios pelas normas técnicas atuais (presentes em novas construções, mas em casas antigas pode ser preciso instalar). Também tenha disjuntores dimensionados adequadamente.
Em resumo, o quadro de proteção do carregador deve incluir disjuntor exclusivo, DR e DPS, garantindo a segurança contra choques, curtos e surtos.
4. Normas técnicas e projeto elétrico
A instalação deve seguir as Normas Brasileiras (NBR) aplicáveis. As principais são a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão) e a NBR 17019:2022, que trata especificamente de requisitos para infraestrutura de alimentação de veículos elétricos em instalações fixas. Além disso, a ABNT tem uma norma própria para wallbox residencial com diretrizes de segurança (muitas vezes referenciada como “ABNT 1719” nos artigos). Na prática, isso significa: dimensionamento correto de cabos, proteções, ventilação, posicionamento adequado e respeito às recomendações do fabricante do carregador e do veículo.
Elabore um pequeno projeto elétrico ou diagrama unifilar com ajuda de um engenheiro eletricista ou técnico credenciado, preferencialmente com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) desse profissional. Esse projeto vai orientar as modificações a fazer e garantir que tudo esteja dentro dos conformes.
5. Espaço e local de instalação
Escolha onde fixar o carregador pensando na comodidade e segurança. O wallbox deve ficar próximo à vaga do carro, de preferência a menos de 5 metros de distância do ponto de recarga no veículo. Isso evita extensões improvisadas e quedas de tensão. Certifique-se de que o local é protegido de sol e chuva (ou use um carregador com grau de proteção adequado para exteriores). Garagens cobertas são ideais; se for ao ar livre, considere instalar cobertura ou ao menos proteger o equipamento.
Garanta também que crianças ou pets não tenham acesso fácil aos cabos e conexões durante a recarga, prevenindo acidentes. Pequenos detalhes como altura de instalação e travas de segurança fazem diferença.
Atendendo a esses requisitos, você estará pronto para partir para a instalação de fato. A seguir, confira o passo a passo recomendável para instalar o carregador em sua casa.
Como instalar um carregador de carro elétrico em casa (Passo a Passo)
Passo 1: Avaliação profissional da infraestrutura elétrica
O primeiro passo é contratar um eletricista qualificado ou engenheiro eletricista. Mesmo que você tenha conhecimentos básicos, não abra mão de um profissional experiente em instalações veiculares.
Ele irá verificar a entrada de energia do imóvel, a capacidade do padrão de entrada, do quadro de distribuição e dos circuitos. Essa visita inicial normalmente é gratuita ou de baixo custo, e dela sairá a lista de ajustes necessários para suportar o wallbox conforme as normas técnicas.
O profissional medirá a carga disponível, checando se a casa comporta a demanda extra ou se será preciso um upgrade (por exemplo, trocar disjuntor geral, aumentar amperagem do relógio medidor, etc.). Não queime etapa: essa análise prévia garante que a instalação siga a NBR 5410/NBR 17019 e evita danos ao veículo ou à rede da casa por sobrecarga.
Passo 2: Adequação elétrica e materiais
Com a orientação do especialista, providencie as adequações apontadas. Normalmente inclui instalar um novo circuito dedicado no quadro de luz apenas para o carregador. Esse circuito terá: cabo elétrico de bitola apropriada (definida conforme a potência do carregador e distância, cabos mais grossos para longas distâncias ou altas correntes), um disjuntor exclusivo compatível com a corrente do wallbox e os dispositivos DR e DPS no quadro de proteção.
Se sua rede for 127V e o carregador exigir 220V, será nessa etapa que o eletricista fará a conexão bifásica ou instalação de um transformador/autotrafo, conforme o caso. Em alguns cenários, pode ser necessário reforçar a entrada de serviço (por exemplo, passar de 60A para 100A, ou de monofásico para bifásico/trifásico) – isso deve ser feito com aprovação da concessionária de energia local. Com todos os componentes em mãos (cabos, eletrodutos, disjuntores, DR, DPS, quadros, etc.), prossegue-se para a execução física.
Passo 3: Instalação física do carregador (wallbox)
Escolhido o local na garagem ou estacionamento, fixe o carregador na parede seguindo as instruções do fabricante (geralmente em altura confortável para manuseio do cabo e longe do alcance de crianças pequenas). O eletricista então irá puxar a fiação do quadro de distribuição até o ponto de instalação do wallbox. Os cabos devem correr por eletrodutos ou conduítes adequados, evitando riscos de danos mecânicos. No quadro, conecta-se o novo circuito nos terminais corretos (fase, neutro, terra) e instala-se o disjuntor, DR e DPS conforme o diagrama. Certifique-se de que a casa possua aterramento adequado e que o terra do carregador esteja corretamente ligado, esse é um ponto crítico para segurança. Após a parte elétrica, o técnico faz a conexão do cabo de saída no carregador (alguns modelos vêm com cabo acoplado, outros requerem conectar o cabo tipo 2 separadamente). Dica: garanta que o comprimento do cabo do carregador alcança confortavelmente a tomada do carro sem precisar de extensões. Uma instalação bem feita deixa tudo organizado: quadro de proteção identificado, cabos dimensionados e fixação firme do equipamento na parede.
Passo 4: Testes e configuração
Com tudo ligado, chega a hora de testar o sistema. Antes de conectar no veículo, o eletricista verifica com instrumentos se a tensão está correta no conector do carregador (por exemplo ~220V entre fases, ~127V fase-terra, conforme o caso) e se o aterramento está eficaz. Em seguida, pluga-se o carregador no carro elétrico para um teste prático. Observe se a recarga inicia normalmente, se não há aquecimento excessivo nos cabos ou disjuntor e se nenhum disjuntor está desarmando.
Teste também as proteções: alguns DRs possuem botão de teste, acione para ver se desarma corretamente, garantindo que está funcional contra choques. Verifique no painel do carro ou no próprio wallbox se a corrente de carga está estável. Monitorar os primeiros minutos é importante. Tudo ok? Ótimo!
Por fim, o profissional pode ajudar na configuração do carregador, caso ele tenha ajustes (alguns wallboxes permitem ajustar a corrente máxima, agendar horários de carga, conectar em Wi-Fi para monitoramento via app, etc.). Deixe essas funções calibradas às suas necessidades.
Passo 5: Uso consciente e manutenção
Com o carregador instalado e testado, basta usá-lo no dia a dia seguindo as orientações do fabricante. Conecte primeiro o cabo ao carro, depois ative o carregador (alguns modelos ligam automaticamente). Ao terminar, pare a carga pelo procedimento correto e desconecte. Nunca deixe cabos espalhados no chão para evitar que alguém tropece ou passe com o carro por cima. Mantenha o equipamento limpo e seco; se for externo, inspecione vedações periodicamente. Agende revisões periódicas (por exemplo, uma inspeção anual no quadro elétrico) para apertar conexões, limpar painéis e garantir que tudo continua em ordem. Assim você previne problemas e prolonga a vida útil tanto do carregador quanto do sistema elétrico.
Seguindo esses passos, a instalação do seu carregador doméstico estará completa de forma segura e confiável. Mas e se você mora em apartamento ou condomínio? Veja a seguir o que muda nesses casos.
Instalar carregador em condomínios: cuidados extras
Se você vive em prédio ou condomínio, instalar um carregador na sua vaga envolve mais planejamento e acordos. Muitos condomínios brasileiros ainda não estão preparados para a demanda extra de veículos elétricos. Antes de tudo, consulte o síndico e as regras internas. Em geral, será necessário apresentar um projeto elétrico profissional para aprovação em assembleia, pois a instalação é considerada benfeitoria que afeta a infraestrutura compartilhada.
Estudo de carga: Condomínios podem exigir um estudo técnico de capacidade elétrica. Um engenheiro avaliará a carga disponível no prédio e dimensionará quantos carregadores podem ser instalados sem comprometer o sistema. Esse estudo e projeto elétrico para condomínio têm um custo elevado, em torno de R$15 mil a R$20 mil, geralmente dividido entre os condôminos interessados ou bancado pelo condomínio.
Em São Paulo, por exemplo, discute-se regulamentação específica que definirá parâmetros de segurança (como sprinklers automáticos nas garagens novas e sensores de fumaça) e garantirá por lei o direito do morador instalar seu carregador na própria vaga, desde que siga as normas técnicas e arque com os custos. Fique atento às leis locais e exija sempre que a instalação siga as normas ABNT, não só pela segurança, mas também para estar coberto perante seguros e legislação.
Infraestrutura coletiva vs individual: Uma decisão a tomar em condomínio é se cada morador instala seu wallbox individualmente ou se o prédio implementa uma infraestrutura coletiva. Soluções coletivas podem incluir sistemas de gerenciamento de carga, em que os carregadores “conversam” entre si e equilibram o consumo para não sobrecarregar a rede.
Esses sistemas são mais caros e complexos, mas evitam que um carro carregando dispare o disjuntor geral do prédio. Já a instalação individual (se permitida) significa que cada morador puxa um circuito dedicado do seu quadro de luz (ou do quadro geral com medição separada) até sua vaga. Em ambos os casos, pode ser necessário aumentar a capacidade de energia do edifício (upgrade do transformador ou entrada de energia) se muitos carregadores forem previstos. Tudo isso deve constar no projeto.
Custos em condomínio: Além do estudo inicial (projeto), conte com os custos de instalação por metro de cabos e conduítes, semelhante ao de residências. A regra geral também vale aqui: cerca de R$100 a R$120 por metro de distância do quadro até a vaga. Ou seja, se sua vaga fica a 30 metros do quadro elétrico principal, espere algo em torno de R$3.000 a R$3.600 de materiais e mão de obra, fora equipamentos. É recomendável instalar medição individual do consumo do carregador (um medidor separado ou sistema de tarifação) para que cada morador pague pela própria energia usada, evitando conflitos na conta de luz do condomínio.
Dica: Alguns condomínios estão optando por oferecer serviços de assinatura de carregamento. Empresas especializadas instalam os carregadores e os moradores pagam uma mensalidade pelo serviço. Por exemplo, há soluções de aluguel de wallbox a partir de R$299/mês no Brasil. Essa pode ser uma alternativa interessante se o condomínio não quer arcar com investimento alto imediatamente. De qualquer forma, sempre envolva profissionais qualificados e aprovação formal. A instalação em condomínio, quando feita sem planejamento, pode gerar riscos sérios à edificação e até conflitos legais. Por isso, proceda com transparência e embasamento técnico junto aos demais moradores.
Quanto custa instalar um carregador de carro elétrico em casa?
Uma dúvida comum é quanto você vai gastar para ter seu ponto de recarga doméstico. Os custos envolvem dois componentes principais: o equipamento (carregador) e a instalação elétrica.
- Preço do carregador (wallbox): Muitos carros elétricos já vêm com um wallbox de presente ou com um carregador portátil incluso. Se não for seu caso e você precisar comprar o equipamento, os preços de carregadores residenciais variam em média de R$3.500 a R$8.000 no Brasil, dependendo da marca e potência.
Modelos de 7 kW (monofásicos) costumam estar na faixa inferior, enquanto wallboxes de 22 kW (trifásicos) ou com recursos smart ficam na faixa superior. Escolha um carregador de fabricante confiável e compatível com seu veículo (conector tipo 2 é o padrão para 98% dos EVs no Brasil).
Obs.: Se você optar por usar apenas o carregador portátil que acompanha o carro (que liga em tomada comum), não há custo de equipamento extra, porém, considere que esse método é mais lento e pode exigir adaptações na tomada para aguentar uso contínuo. - Mão de obra e materiais de instalação: Aqui o custo depende muito da distância entre o quadro elétrico e o local de instalação do carregador, e das adaptações necessárias. Profissionais do setor indicam um valor aproximado de R$100 a R$120 por metro instalado, incluindo cabos, eletrodutos, disjuntores/DR/DPS e serviço.
Por exemplo, se o carregador ficar na garagem ao lado da área do quadro, a distância curta (digamos 5 metros) pode custar cerca de R$500 a R$600. Já se for do outro lado da casa, 20 metros, algo em torno de R$2.000 a R$2.400.
Além disso, se for necessário aumentar a carga da casa (trocar o padrão de energia, transformador, etc.), haverá custo extra com a concessionária e eletricista, variando caso a caso.
Dica: peça um orçamento detalhado antes de fechar, e sempre com profissionais qualificados. Economizar usando mão de obra barata e não especializada pode sair caro depois. - Custos extras opcionais: Dependendo da complexidade, pode haver custos com licenças ou ART do engenheiro (uma ART geralmente custa algumas centenas de reais). Em residências unifamiliares, normalmente não é exigida licença da prefeitura ou da concessionária para instalar o carregador, a não ser que se eleve a carga além do contratado, aí é preciso solicitar aumento de carga na companhia de energia. Até o momento, instalar wallbox em casa é similar a adicionar um grande eletrodoméstico, do ponto de vista legal, e não requer autorização especial de órgãos públicos. Já em condomínios, como vimos, pode haver assembleias e estudos pagos. Por fim, considere se vale investir em melhorias como load balance (balanceador de carga) ou sistema fotovoltaico de apoio – por exemplo, combinar energia solar com o carregador para carregar seu carro com eletricidade gerada no seu telhado. Essa é uma tendência de sustentabilidade, embora implique investimento adicional em painéis solares e possivelmente baterias de armazenamento.
Em resumo, a instalação residencial típica (excluindo o aparelho) costuma ficar na casa de poucos milhares de reais, variando conforme a situação. Pode parecer um investimento significativo, mas lembre que abastecer um elétrico é muito mais barato que um carro a combustão, a economia mensal em combustível pode compensar esse custo em pouco tempo. Além disso, valoriza o imóvel e te dá autonomia para rodar com energia própria.
Dicas de segurança e uso do carregador doméstico
Instalado o carregador, é importante seguir algumas boas práticas para garantir segurança contínua:
- Siga as instruções do fabricante: Parece óbvio, mas leia o manual tanto do seu carro elétrico quanto do carregador. Lá constam detalhes como corrente máxima suportada, se o equipamento precisa de atualização de firmware, alertas de temperatura, etc. Nunca ultrapasse os limites especificados.
- Nunca use adaptadores ou “gambiarras”: Não conecte o carregador em benjamins (T’s), extensões ou tomadas improvisadas. Todo o sistema deve ser fixo e dedicado. Evite também “adaptar” conectores por conta própria, utilize somente cabos e plugues originais ou certificados para veículos elétricos. Improvisos podem causar sérios riscos de incêndio ou choque elétrico
- Atenção à ventilação: Carregadores de alta potência podem gerar calor. Instale o wallbox em local ventilado. Se ele tiver cabo enrolado, desenrole-o totalmente durante o uso para evitar aquecimento do cabo enrolado. Alguns modelos possuem ventoinhas internas, mantenha as saídas de ar desobstruídas.
- Proteja contra água e intempéries: Mesmo equipamentos com proteção IP65 merecem cuidados. Evite que o carregador tome chuva direta ou sol intenso o dia todo, pois isso reduz a vida útil. Se instalado ao ar livre, considere coberturas ou caixas de proteção. Nunca toque nos conectores com as mãos molhadas e, se notar umidade em alguma conexão, interrompa o uso até secar e revisar.
- Desenergize para qualquer manutenção: Se precisar abrir o quadro de proteção ou mexer na fiação por algum motivo, desligue o disjuntor geral antes. Isso vale também se for trocar o carregador de lugar no futuro, sempre corte a energia e teste a ausência de tensão antes de manusear os cabos.
- Fique de olho nos primeiros ciclos: Nos primeiros dias de uso, monitore o comportamento do sistema. Verifique se não há aquecimento anormal no plugue que conecta ao carro (um leve aquecer é normal, mas muito quente indica problema), escute por ruídos estranhos no disjuntor ou no carregador, e observe se a carga completa ocorre no tempo esperado. Qualquer anomalia, chame o instalador para checar.
- Atualizações e conectividade: Se o seu carregador é do tipo smart (conectado à internet ou app), mantenha seu firmware atualizado para ter correções de segurança e melhorias. Utilize recursos como agendamento de carga para horários de tarifa reduzida, se disponível, isso otimiza seu gasto.
Com esses cuidados, a experiência de ter um carregador veicular em casa será segura, tranquila e altamente conveniente. Você passará a sair de casa todos os dias com a “tanque” cheio de eletricidade, aproveitando ao máximo os benefícios do seu veículo elétrico.
Instale seu carregador elétrico com quem é líder em energia
Instalar um carregador de carro elétrico em casa é um investimento em autonomia e comodidade. Seguindo os passos deste guia, planejamento elétrico, adequações técnicas, instalação profissional e cuidados de segurança, você terá um sistema de recarga confiável e de acordo com as normas, protegendo seu patrimônio e sua família. Lembre-se: embora não seja um processo extremamente complexo, envolve alta tensão e corrente, portanto contar com especialistas é fundamental para um resultado seguro.
Agora que você já sabe como instalar seu wallbox residencial, que tal dar o próximo passo? Pronto para carregar seu elétrico com segurança e rapidez no conforto do lar? Conheça os Carregadores BYD, equipamentos de última geração, com design compacto e certificado de segurança, e conte com nossa equipe para a instalação perfeita. Transforme sua garagem em um posto de recarga particular e venha para o futuro da mobilidade elétrica!
FAQ: Perguntas frequentes sobre instalação de carregador residencial
Quanto custa instalar um carregador de carro elétrico em casa?
O custo varia conforme o cenário. O wallbox em si pode custar entre R$3.500 e R$8.000 (caso você precise comprá-lo). Já a instalação elétrica depende da distância e ajustes necessários, girando em torno de R$100 a R$120 por metro de cabos e infraestrutura. Em uma casa comum, muitas vezes a instalação completa (materiais + mão de obra) fica na faixa de R$1.000 a R$3.000, mas pode ser menos se o quadro estiver bem próximo da vaga, ou mais se houver necessidade de upgrades elétricos maiores.
Para condomínios, é preciso incluir também custos de projeto técnico (R$15 mil a R$20 mil, geralmente rateados). Em resumo, cada caso é um caso – o ideal é solicitar um orçamento profissional para ter o valor preciso.
Precisa de autorização ou licença para instalar um carregador doméstico?
Em residências particulares, normalmente não é necessário obter licença da prefeitura ou da concessionária para instalar um carregador veicular em casa. Basta que a instalação seja interna e siga as normas técnicas. Você só precisará envolver a concessionária se for requisitar aumento de carga (amperagem) do seu fornecimento de energia. Já em condomínios, é preciso aprovação do síndico/assembleia. Muitos prédios exigem um laudo ou projeto assinado por engenheiro, garantindo que a instalação atende às normas e não traz riscos ao edifício.
Fique atento também a regulamentações locais: estados como São Paulo estão desenvolvendo regras específicas para instalações em garagens de condomínios, então informe-se se há alguma exigência extra em sua cidade. Em resumo, em casa própria é bem mais simples (sem licenças formais), em condomínio é preciso seguir os trâmites internos e técnicos.
Posso carregar o carro elétrico na tomada comum de casa ou preciso do wallbox?
Sim, é possível carregar na tomada comum (110V ou 220V) usando o carregador portátil que geralmente vem com o veículo. Todos os carros elétricos são compatíveis com carregamento em tomada doméstica padrão. Contudo, essa é considerada uma carga de “nível 1”, de menor potência, levando bem mais tempo para encher a bateria.
Por exemplo, uma tomada de 127V 16A carrega cerca de 10 km de autonomia por hora, enquanto um wallbox de 7 kW acrescenta ~35 km por hora ou mais, dependendo do veículo.
Além disso, a maioria das instalações elétricas comuns não foi projetada para suportar longas horas de carga pesada e contínua. Por isso, se for usar a tomada, certifique-se de que a fiação e o disjuntor daquele circuito estão dimensionados para a corrente do carregador portátil (geralmente 10-12 A por muitas horas). Use uma tomada exclusiva, de preferência nova, com aterramento correto. Evite extensões e verifique se o plugue não aquece. Para uso diário e mais seguro, o ideal é instalar um wallbox com circuito dedicado, pois ele oferece recarga mais rápida e proteção reforçada.
Qual voltagem e potência preciso ter em casa para instalar um carregador?
O ideal é ter 220V disponível na garagem para um carregador residencial (nível 2) – muitos wallbox usam 220V monofásico ou bifásico. Em locais onde só existe 127V, pode-se carregar em 127V com o equipamento portátil ou até instalar um wallbox específico, mas a potência será limitada (~3,7 kW). O mínimo recomendado é que você tenha disponibilidade de 7 kW sobrando no seu quadro de energia, o que geralmente requer 220V e um disjuntor de 32 A só para o carregador.
Em termos de potência elétrica contratada, convém ter pelo menos 10 kW de demanda na residência para acomodar o carregador junto com outros consumos (casas menores costumam vir com padrão de 6 a 8 kW, talvez seja necessário ampliar).
Resumindo: 220V facilita muito e permite cargas ~2x mais rápidas, mas mesmo com 127V é possível carregar, apenas será mais lento. Avalie com seu eletricista a capacidade do seu sistema e, se preciso, solicite à distribuidora um upgrade de fase/tensão para atender ao carregador.
Quais normas e certificações devo observar na instalação?
As principais normas técnicas brasileiras para este tipo de instalação são a NBR 5410, que rege instalações elétricas de baixa tensão em geral, e a NBR 17019:2022, específica para infraestrutura de recarga de veículos elétricos. Também é citada a norma ABNT NBR IEC 61851, que trata dos requisitos dos equipamentos de carga para veículos elétricos (esta pode ser referenciada nos manuais dos carregadores).
Além das normas, siga rigorosamente as instruções do fabricante do carregador e do veículo, por exemplo, um fabricante pode especificar que o wallbox dele requer disjuntor X e cabo de bitola Y.Use somente componentes certificados (cabos com selo do Inmetro, dispositivos de proteção normatizados). Por fim, se for contratar terceiros para instalar, exija profissionais credenciados e, preferencialmente, um projeto/ART de engenheiro eletricista. Cumprindo todas as normas e recomendações, você garante a segurança da instalação e evita problemas com seguradoras ou garantia do veículo.